15 dezembro, 2011
Natal
Natal.Comemoração do nascimento do menino Jesus.Cartinhas de crianças que acreditam no milagre do Menino enfeitam as árvores no Shopping ou nos painéis dos correios.Milhares delas vão receber os presentes pedidos. Outras tantas,vão esperar o ano seguinte para quem sabe,algum coração bondoso atender o humilde pedido na cartinha escrita com tanta esperança.E as crianças crescem.E a vida continua,o ciclo se renova e de repente há vida lá fora...E novamente a Esperança.
Há ainda pessoas dormindo ao relento,debaixo dos viadutos ou nos bancos das praças.Há filas imensas de desempregados,doentes nos corredores de hospitais públicos ou crianças abandonadas nos orfanatos...
Mas há também grupos que se desdobram para oferecer um pouco de comida,um cobertor,uma palavra amiga todas as semanas,independente de ser época natalina.E essas pessoas são verdadeiramente cristãs na sua humildade e anonimato.Não fazem para apregoar seus feitos ou para receber prêmios e bajulações.Fazem porque carregam no âmago a vontade de ajudar,de servir, de cuidar, de amar ao próximo. Independente de credo ou cor de pele ou ainda de status social.
São pessoas que seguem o Cristo em sua vida e em suas ações.Ali,na vida que passa la fora.Hoje. Todos os dias.
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Feliz Natal.
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imagem da net.
21 novembro, 2011
Sou de Pernambuco, sou de Itapetim
Sou de Pernambuco, sou de Itapetim
Sou da terra "onde o mar se arrebenta"
Num vai e vem sem fim.
Sou da terra onde os poetas
Cantam de amores à Açores
Numa construção sem igual
Pois quem nasce aqui ou na capital
Traz do berço um arsenal
De poemas e rimas
Etc,coisa e tal.
Sou de Pernambuco das Batalhas,
Insurreição,Revolução
Confederação e Presidência
Sou de Pernambuco das Artes
Com Vicente do Rego Monteiro e Cícero Dias
Também o meu Pernambuco
Preserva a cultura popular
Com Frevo, Maracatu e Baião
Tem rojão no São João
Mangue Beat,Rock,Pop, Rap e Funk
Pra toda gente agradar
Afinal quem foi que disse
Que não podemos inovar?
Sou de Pernambuco, sou forte
E levo o meu archote
para onde precisar...
Linda Simões
A propósito de uma postagem da conterrânea Lusa Vilar, do Blog Raízes.
Igreja de São Pedro, em Itapetim.
04 novembro, 2011
O valor de nossa opinião
21 outubro, 2011
À sombra do cajueiro
O calção estava roto,mas limpo.Nos pés,um par de tênis grandes demais para os pezinhos de criança.Sem camisa,levava nas costas uma espada de He-Man,(aquela dos desenhos).Parecia um cavaleiro,não fosse os gritos da mãe para tirá-lo da fantasia.Anda,menino,deixa de preguiça!E ele pegava com suas mãozinhas frágeis de talvez cinco anos de idade,um pequeno balde, a vara de tirar cajus e um molho de capim cidreira para o chá.Sua cabeça estava suada e as mãozinhas acariciavam-na como a perguntar se o dia não tinha fim.Sua mãe,dois baldes grandes cheios de caju e outros trecos.O pequenino não aguentava mais andar e a cada cajueiro, sentava um bocadinho à sua sombra.A ilha é bem grande, tem muitos cajueiros, alimenta muita gente.Principalmente a ganância dos produtores que compram por centavos cada gota de suor daqueles pequeninos que acompanham suas mães na luta desigual por um lugar ao sol.Penso que a pasta de caju, a castanha assada ou o doce em calda vendido seja às margens da estrada ou nos supermercados não terão o mesmo sabor para mim,depois de presenciar cena tão triste.
... E ele gesticulava e contava algo à mãe, com mãozinhas pequenas que apanhava os cajus e colocava no balde pequeno.Sua mãe nem percebia que alguém estava ali,preocupada em apanhar, juntar, escolher os melhores,os mais carnudos.Olhava para o alto,pro topo da árvore,procurando no meio da folhagem verdinha,os cajus amarelinhos...
E os dois seguiram adiante,debaixo do sol do meio dia.Sem almoço,sem sonhos,sem perspectivas.Até a próxima sombra do cajueiro...
Linda Simões
imagens-net
25 setembro, 2011
A culpa do outro
Olhar perdido sem brilho
Mãos que catam no lixo
direitos e alforria
Sem nenhuma valentia...
Na luta desigual sem amparo
No amparo da lei em fatias
Muitos ficam com as migalhas
De uma guerra insana,vazia...
E os doutos em seus altares
Nada sabem,tudo maquiam
Brilham no ouro e na prata
Numa estranha euforia...
E a miséria se alastra
Tanto aqui como acolá
E a carapuça não serve
Ao nobre e ao doutor
Que alardeiam piedade
Aos pobres com fervor...
Sonhos que são podados
Moradas que não existem
Fome e desolação
Numa cena sempre triste...
Até quando seremos
indiferentes
subservientes
descontentes... ?
Linda Simões
Imagem- net
18 setembro, 2011
Assim, sou eu…
Assim, sou eu…
Nau, vela triangular
História viva,
Arrojada e atrevida
Gaivota no ar.
Cais, abrigo
Refúgio, tempestade,
Maré cheia,
Maré vaza,
Chama em brasa.
Sou Fábula, e luz
Loba prenha de dor,
Mulher amante,
Equídeo errante
Pejada de amor.
Sou alma volátil,
Corpo alado,
Árvore viva
Na berma da estrada.
Urze do monte,
Giesta em flor.
Água da fonte,
Friso liso e fino
Tocando a linha do horizonte.
Sou guerreira, sou pastor,
Esquina de rua nua
Calçada roubada, desengonçada
Porta aberta na noite fechada.
Sou sol, sou fogo,
Sou grito, sou ai
Gargalhada desamarrada
Folha caída atapetando o chão.
Digo sim e digo não
E não digo outra coisa qualquer,
Porque eu
Sou mesmo assim!
Inédito de MJAreal
Copiado do blog da Fernanda- http://nacasadorau.wordpress.com/
10 setembro, 2011
O Rosto da Fome
O ROSTO DA FOME
Que vergonha,
O rosto da fome
Tem olhos de criança,
Pele macia e mãos pequeninas,
E traja o presente
Com a cor da esperança
Que os seus olhos vestem dia-após-dia.
Esquecido e calado, vagueia à deriva,
Pela sorte enferma que lhe chora a vida.
Nas mãos, um punhado de restos
Tão mudo e tão mouco…
E o que sobra e que fica
É uma sombra oriunda
Da cegueira de todos!
Que vergonha,
O rosto da fome
Tem olhos de criança!
13/08/2011
Ana Martins
A Poesia no Encontro do Tempo- Concurso de Poesia no Centro Cultural de Campos- Portugal.
Ana Martins,primeiro lugar no concurso de poesias, escreveu o livro Ave sem Asas, em 2010.Ribatejana,natural de Santarém e Fafense por adoção. "Passou a infância entre África e Portugal, o que lhe permitiu o contato e uma perspectiva de diferentes culturas,enriquecendo assim o sentido humanístico,característico na sua personalidade. "
19 agosto, 2011
Loucos e santos
Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.
Oscar Wilde
24 julho, 2011
08 julho, 2011
E por falar em vida, em tempo,em amor
"...As crianças do terceiro milênio, quando penso nelas, são frágeis e bonitas.
O que vestem se linho ou plástico, não me interessa. Me interessa que possam ser de todas as cores, louras e morenas, de olhos puxados ou lábios grossos, de cabelos escorridos ou pixaim, e que assim possam viver, multirraciais, no mesmo bairro.
Confesso que me enternece a idéia de que, pelo menos no início dessa nova era ainda haverá avós que ensinarão suas netas a costurar roupinhas de boneca. Mas tenho certeza de que mesmo que no futuro venhamos a nos alimentar somente de pílulas, haverá crianças fazendo pílulas de barro ou de cola sintética para brincar de comida de mentirinha, assim como brincaram as crianças da Roma clássica ou as do antigo Egito. E isso não porque a brincadeira de comidinha seja uma tradição transmitida de geração em geração, mas porque através da mimese se faz o aprendizado e a primeira tarefa de todas as crianças em qualquer tempo e em qualquer lugar, é, e sempre será, aprender a viver."
Marina Colasanti- Crianças em qualquer tempo
Os filhos são nosso bem maior. Amor incondicional.
Foto tirada pela Fernanda- Ná e "copiada" por mim do blog http://pralemdafachada.blogspot.com/ No livro da vida.
O Nuno Felipe(lindo!)é filho da Sãozita e do Victor Simões- Portugal
23 junho, 2011
O tempo
(Modelagem em 3D do meu irmão Paulo Simões)
"Há um momento em que precisamos dilatar o tempo, atordoar as palavras acostumadas, coladas à nossa forma de escrever e empreendermos uma viagem que começará mais cedo e terminará quando tiver estrutura, matéria complexa, textura."
Histórias com mar ao fundo- Manuela Baptista
28 maio, 2011
Você é
Você é os brinquedos que brincou, as gírias que usava, você é os nervos a flor da pele no vestibular, os segredos que guardou...
Você é a saudade que sente da sua mãe, o sonho desfeito quase no altar, a infância que você recorda, a dor de não ter dado certo, de não ter falado na hora, você é aquilo que foi amputado no passado, a emoção de um trecho de livro, a cena de rua que lhe arrancou lágrimas, você é o que você chora.
Você é o abraço inesperado, a força dada para o amigo que precisa, você é o pelo do braço que eriça, a sensibilidade que grita, o carinho que permuta, você é as palavras ditas para ajudar, os gritos destrancados da garganta, os pedaços que junta, você é o orgasmo, a gargalhada, o beijo, você é o que você desnuda.
Você é a raiva de não ter alcançado, a impotência de não conseguir mudar, você é o desprezo pelo o que os outros mentem, o desapontamento com o governo, o ódio que tudo isso dá, você é aquele que rema, que cansado não desiste, você é a indignação com o lixo jogado do carro, a ardência da revolta, você é o que você queima.
Você é aquilo que reinvidica, o que consegue gerar através da sua verdade e da sua luta, você é os direitos que tem, os deveres que se obriga, você é a estrada por onde corre atrás, serpenteia, atalha, busca, você é o que você pleiteia.
Você não é só o que come e o que veste. Você é o que você requer, recruta, rabisca, traga, goza e lê. Você é o que ninguém vê.
Martha Medeiros
06 maio, 2011
Mães Más
Um dia, quando meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães, eu hei de dizer-lhes:
- Eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão.
- Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.
- Eu os amei o suficiente para os fazer pagar as balas que tiraram do supermercado ou revistas do jornaleiro, e os fazer dizer ao dono: "Nós pegamos isto ontem e queríamos pagar".
- Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé junto de vocês, duas horas enquanto limpavam o seu quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos.
- Eu os amei o suficiente para os deixar ver além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.
- Eu os amei o suficiente para os deixar assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.
- Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes não, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso (e em alguns momentos até odiaram). Essas eram as mais difíceis batalhas de todas.
Estou contente, venci. Porque no final vocês venceram também! E em qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães; quando eles lhes perguntarem se sua mãe era má, meus filhos vão lhes dizer:
- "Sim, nossa mãe era má. Era a mãe mais má do mundo...".
As outras crianças comiam doces no café e nós tínhamos que comer cereais, ovos e torradas. As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvetes no almoço e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas. E ela nos obrigava a jantar à mesa, bem diferente das outras mães que deixavam seus filhos comerem vendo televisão. Ela insistia em saber onde estávamos à toda hora (ligava no nosso celular de madrugada e "fuçava" nos nossos e-mails). Era quase uma prisão! Mamãe tinha que saber quem eram nossos amigos e o que nós fazíamos com eles. Insistia, que lhe disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos. Nós tínhamos vergonha de admitir, mas ela "violava as leis do trabalho infantil". Nós tínhamos que tirar a louça da mesa, arrumar nossas bagunças, esvaziar o lixo e fazer todo esse tipo de trabalho que achávamos cruéis. Eu acho que ela nem dormia à noite, pensando em coisas para nos mandar fazer.Ela insistia sempre conosco para que lhe disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade. E quando éramos adolescentes, ela conseguia até ler os nossos pensamentos. A nossa vida era mesmo chata! Ela não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para que saíssemos; tinham que subir, bater à porta, para ela os conhecer. Enquanto todos podiam voltar tarde da noite com 12 anos, tivemos que esperar pelos 16 para chegar um pouco mais tarde, e aquela chata levantava para saber se a festa foi boa (só para ver como estávamos ao voltar).
Por causa de nossa mãe, nós perdemos imensas experiências na adolescência:
- Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime.
FOI TUDO POR CAUSA DELA!
Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos a fazer o nosso melhor para sermos "PAIS MAUS", como ela foi. EU ACHO QUE ESTE É UM DOS MALES DO MUNDO DE HOJE: NÃO HÁ SUFICIENTES MÃES MÁS!
Dr. Carlos Hecktheuer, Médico Psiquiatra
Este texto foi trabalhado por mim nas turmas de Ensino Médio,ontem.
Feliz Dia das Mães !
01 maio, 2011
Antes de ser mãe
Antes de ser mãe, eu fazia e comia
os alimentos ainda quentes.
Eu não tinha roupas manchadas,
tinha calmas conversas ao telefone.
Antes de ser mãe, eu dormia o quanto eu queria,
Nunca me preocupava com a hora de ir para a cama.
Eu não me esquecia de escovar os cabelos e os dentes
Antes de ser mãe,
eu limpava minha casa todo dia.
Eu não tropeçava em brinquedos e
nem pensava em canções de ninar.
Antes de ser mãe, eu não me preocupava:
Se minhas plantas eram venenosas ou não.
Imunizações e vacinas então,
eram coisas em que eu não pensava.
Antes de ser mãe,
ninguém vomitou e nem fez xixi em mim,
Nem me beliscou sem nenhum cuidado,
com dedinhos de unhas finas.
Antes de ser mãe,
eu tinha controle sobre a minha mente,
Meus pensamentos, meu corpo e meus sentimentos,
e dormia a noite toda.
Antes de ser mãe,eu nunca tive que
segurar uma criança chorando,
para que médicos pudessem fazer testes
ou aplicar injeções.
Eu nunca chorei olhando pequeninos
olhos que choravam.
Nunca fiquei gloriosamente feliz
com uma simples risadinha.
Nem fiquei sentada horas e horas
olhando um bebê dormindo.
Antes de ser mãe, eu nunca segurei uma criança,
só por não querer afastar meu corpo do dela.
Eu nunca senti meu coração se despedaçar,
quando não pude estancar uma dor.
Nunca imaginei que uma coisinha tão pequenina,
pudesse mudar tanto a minha vida e
que pudesse amar alguém tanto assim.
E não sabia que eu adoraria ser mãe.
Antes de ser mãe, eu não conhecia a sensação,
de ter meu coração fora do meu próprio corpo.
Não conhecia a felicidade de
alimentar um bebê faminto.
Não conhecia esse laço que existe
entre a mãe e a sua criança.
E não imaginava que algo tão pequenino,
pudesse fazer-me sentir tão importante.
Antes de ser mãe, eu nunca me levantei
à noite toda , cada 10 minutos, para me
certificar de que tudo estava bem.
Nunca pude imaginar o calor, a alegria, o amor,
a dor e a satisfação de ser uma mãe.
Eu não sabia que era capaz de ter
sentimentos tão fortes.
Por tudo e, apesar de tudo, obrigada Deus,
Por eu ser agora um alguém tão frágil
e tão forte ao mesmo tempo.
Obrigada meu Deus, por permitir-me ser Mãe!
Autor: (Silvia Schmidt)
20 abril, 2011
03 abril, 2011
A maior prisão
"A maior prisão que podemos ter na vida é aquela quando a gente descobre que estamos sendo não aquilo que somos, mas o que o outro gostaria que fôssemos.
Geralmente quando a gente começa a viver muito em torno do que o outro gostaria que a gente fosse, é que a gente tá muito mais preocupado com o que o outro acha sobre nós, do que necessariamente nós sabemos sobre nós mesmos.
O que me seduz em Jesus é quando eu descubro que nEle havia uma capacidade imensa de olhar dentro dos olhos e fazer que aquele que era olhado reconhecer-se plenamente e olhar-se com sinceridade.
Durante muito tempo eu fiquei preocupado com o que os outros achavam ao meu respeito. Mas hoje, o que os outros acham de mim muito pouco me importa [a não ser que sejam pessoas que me amam], porque a minha salvação não depende do que os outros acham de mim, mas do que Deus sabe ao meu respeito."
Pe. Fábio de Melo
Padre Fábio de Melo é um sacerdote católico, cantor, compositor, apresentador, poeta, escritor, professor, ligado a Congregação dos Sacerdotes do Sagrado Coração de Jesus
07 março, 2011
O mulherão
http://somethingformypleasure.blogspot.com (Tela de José Ferreira- Portugal)
...
Peça para um homem descrever um mulherão.Ele imediatamente vai falar do tamanho dos seios,na medida da cintura,no volume dos lábios,nas pernas,bumbum e cor dos olhos.Ou vai dizer que mulherão tem que ser loira,1,80m,siliconada,sorriso colgate.
...Agora pergunte para uma mulher o que ela considera um mulherão e você vai descobrir que tem uma a cada esquina.
Mulherão é aquela que pega dois ônibus por dia para ir ao trabalho e mais dois para voltar,e quando chega em casa encontra um tanque lotado de roupa e uma família morta de fome.
Mulherão é aquela que vai de madrugada para a fila garantir matricula na escola e aquela aposentada que passa horas em pé na fila do banco para buscar uma pensão de 100 Reais.
Mulherão é a empresária que administra dezenas de funcionários de segunda a sexta, e uma família todos os dias da semana.
Mulherão é quem volta do supermercado segurando várias sacolas depois de ter pesquisado preços e feito malabarismo com o orçamento.
Mulherão é aquela que se depila, que passa cremes, que se maquia, que faz dieta,que malha,que usa salto alto, meia-calça,ajeita o cabelo e se perfuma,mesmo sem nenhum convite para ser capa de revista.
Mulherão é quem leva os filhos na escola,busca os filhos na escola,leva os filhos para a natação,busca os filhos na natação,leva os filhos para a cama,conta histórias,dá um beijo e apaga a luz.
Mulherão é aquela mãe de adolescente que não dorme enquanto ele não chega, e que de manhã bem cedo já está de pé, esquentando o leite.
Mulherão é quem leciona em troca de um salário mínimo,é quem faz serviços voluntários,é quem colhe uva,é quem opera pacientes,é quem lava roupa pra fora,é quem bota a mesa,cozinha o feijão e à tarde trabalha atrás de um balcão.Mulherão é quem cria filhos sozinha, quem dá expediente de oito horas e enfrenta menopausa,TPM,menstruação.
Mulherão é quem arruma os armários, coloca flores nos vasos,fecha a cortina para o sol não desbotar os móveis, mantém a geladeira cheia e os cinzeiros vazios.
Mulherão é quem sabe onde cada coisa está, o que cada filho sente e qual o melhor remédio pra azia.
LUMAS,BRUNAS,CARLAS,LUANAS E SHEILAS:Mulheres nota dez no quisito lindas de morrer, mas MULHERÃO É QUEM MATA UM LEÃO POR DIA...
Martha Medeiros
Parabéns às mulheres no seu dia, que é todo dia.
05 março, 2011
Fantasia
http://somethingformypleasure.blogspoth ( Tela de José Ferreira- Portugal )
...
Se, de repente
A gente distraísse
O ferro do suplício
Ao som de uma canção
Então, eu te convidaria
Pra uma fantasia
Do meu violão
Canta, canta uma esperança
Canta, canta uma alegria
Canta mais
Revirando a noite
Revelando o dia
Noite e dia, noite e dia
Canta a canção do homem
Canta a canção da vida
Canta mais
Trabalhando a terra
Entornando o vinho
Canta, canta, canta, canta
Canta a canção do gozo
Canta a canção da graça
Canta mais
Preparando a tinta
Enfeitando a praça
Canta, canta, canta, canta
Canta a canção de glória
Canta a santa melodia
Canta mais
Revirando a noite
Revirando o dia
Noite e dia, noite e dia
Chico Buarque
03 fevereiro, 2011
Olhar
http://somethingformypleasure.blogspot.com ( Tela de José Ferreira- Portugal )
"A representação das coisas que amamos chega inesperadamente com o reflexo da luz num copo, com o toque de um casaco de lã, com o cheiro de um churro quente acabado de fritar..."
Manuela Baptista - Olhar
Histórias com mar ao fundo
23 janeiro, 2011
Hoje eu acordei com 43 anos...
Uma ruguinha aqui, outra ali...Cabelos prateando por baixo da "maquiagem" loira,quilinhos a mais (mas só por causa das férias, calma!)
Filhos crescidos...
Casa arrumada...
Não me sinto diferente, hoje... Tenho a mesma vontade de ser feliz, de abraçar os amigos, de continuar minha jornada...
E de brindar à VIDA.
...
O Que É, O Que É?
"Eu fico
Com a pureza
Da resposta das crianças
É a vida, é bonita
E é bonita...
Viver!
E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz...
Ah meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser
Bem melhor e será
Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita..."
...
Eu apenas queria que você soubesse
Que aquela alegria ainda está comigo
E que a minha ternura não ficou na estrada
Não ficou no tempo presa na poeira
Eu apenas queria que você soubesse
Que esta menina hoje é uma mulher
E que esta mulher é uma menina
Que colheu seu fruto flor do seu carinho
Eu apenas queria dizer a todo mundo que me gosta
Que hoje eu me gosto muito mais
Porque me entendo muito mais também
E que a atitude de recomeçar é todo dia toda hora
É se respeitar na sua força e fé
E se olhar bem fundo até o dedão do pé
Eu apenas queira que você soubesse
Que essa criança brinca nesta roda
E não teme o corte de novas feridas
Pois tem a saúde que aprendeu com a vida...
...
Composição: Gonzaguinha
18 janeiro, 2011
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