25 setembro, 2011

A culpa do outro















Olhar perdido sem brilho
Mãos que catam no lixo
direitos e alforria
Sem nenhuma valentia...

Na luta desigual sem amparo
No amparo da lei em fatias
Muitos ficam com as migalhas
De uma guerra insana,vazia...

E os doutos em seus altares
Nada sabem,tudo maquiam
Brilham no ouro e na prata
Numa estranha euforia...

E a miséria se alastra
Tanto aqui como acolá
E a carapuça não serve
Ao nobre e ao doutor
Que alardeiam piedade
Aos pobres com fervor...

Sonhos que são podados
Moradas que não existem
Fome e desolação
Numa cena sempre triste...


Até quando seremos
indiferentes
subservientes
descontentes... ?


Linda Simões


Imagem- net

7 comentários:

TALITA disse...

Olá amiga LINDA

Um poema que reflete a verdade da pobreza e miséria que infelizmente
se faz sentir por todo o mundo, enquanto os poderosos mostram sua
indiferença.
Gostei deste post.

Beijos para vc.

ass: Talita

manuela baptista disse...

Ah! Lindinha, o Seu, é o Seu poema

sentido
denunciante
desacomodado

a miséria que nos dói


um beijo

manuela

Jaime Latino Ferreira disse...

LINDA SIMÕES


MInha Querida,

Assim sim, quando a gente diz sem interpostos o que dizemos tem mais força e outros gostos!

Muito bem e um grande beijinho


Jaime Latino Ferreira
Estoril, 26 de Setembro de 2011

Branca disse...

Gostei muito de a ler Linda.
É importante denunciar, lembrar, sacudir o acomodamento e a rotina do dia a dia e da caridadezinha...para tranquilizar.

É importante lutar lado a lado e a poesia é também uma arma de luta...

Beijinhos
Branca

Unknown disse...

Ana, querida amiga!
Que grito tocante e forte a acordar-nos para o mundo que todos os dias ignoramos.

Parabéns, parabéns e parabéns!!!!
Adorei ver toda a sua sensibilidade e revolta transcrita em poesia.

Amiga, não arranjei aquilo, eu tentei, mas para garrafas, não encontrei,desculpa!

Beijinho,
Ana Martins

Fernanda Ferreira - Ná disse...

ksMinha amiga, Linda!

Dói demais... e dói sobretudo perceber que não há quem se incomode com esta horrenda verdade.

As pequenas vozes, os pouquinhos que vão denunciando e ajudando à sua maneira, são indubitavelmente importantes, mas não suficientes.
Contudo, não nos calemos nunca.

Obrigada.

Beijinho querida Ana.

Anônimo disse...

Um tema dorido, num poema sublime.
Parabéns

Ana Sofia