16 abril, 2009

Filho Do Dono-Petrúcio Amorim




Não sou profeta
Nem tão pouco visionário
Mas o diário desse mundo
Tá na cara
Um viajante na boleia do destino
Sou mais um fio
Da tesoura e da navalha

Levando a vida
Tiro versos da cartola
Chora viola
Nesse mundo sem amor
Desigualdade
Rima com hipocrisia
Não tem verso nem poesia
Que console o cantador
A natureza na fumaça se mistura
Morre a criatura
E o planeta sente a dor

O desespero
No olhar de uma criança
A humanidade
Fecha os olhos pra não ver
a ambição o desamor a ignorância
aumenta o crime e cresce a fome do poder

Boi com sede
Bebe lama
Barriga seca
Não da sono
Eu não sou dono do mundo
Mas tenho culpa
Porque sou filho do dono

Um comentário:

Valdemir Reis disse...

Olá Linda, que maravilhoso é visitar este espaço! Parabéns pelo excelente trabalho aqui desenvolvido. Excelente sua publicação “Filho do dono...“, texto original, belissimo, uma grande contribuição. Feliz e honrado por sua amizade. Acredito; aquele que caminha sozinho pode até chegar mais rápido... Porém quem segue acompanhado de um amigo com certeza vai mais longe... Espero sua visita! Encontrar-nos-emos sempre por aqui. Votos de uma semana recheada de sucesso, muita paz, saúde, brilho, bênçãos, proteção e alegria. Fique com Deus. Um abraço fraterno.
Valdemir Reis