13 novembro, 2008
Liberdade
Em poucos minutos cheguei!
Por caminhos empedrados,
Onde muitas vezes passei,
Lá fui levar os recados!
O almoço estava pronto
E a mãe queria vagens!
Sentei-me num velho tronco
Repousando das viagens.
Já percorrera, a correr,
Caminhos e trilhos sem fim;
Começara ao amanhecer
Sempre naquele frenesim!
Pegava num pau pequeno,
E, imitando uma mota,
Com o semblante moreno,
Acelerava pela rota.
- Olha que ainda cais!
Gritavam-me, preocupados.
Eu, ignorava os sinais,
Nem olhava para os lados!
As pernas continham molas,
Movimentavam-se sem parar!
Polia as pobres solas
Do calçado, sem pestanejar!
Sentia-me livre… feliz!
Poder correr livremente,
Tal como uma ágil perdiz
Que se some de repente!
Sob aquele céu imenso
Da minha pequena aldeia,
Em que muitas vezes penso,
Ignorava a firme teia!
(António Castanheira-Portugal)
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2 comentários:
olá Linda
lindo poema adorei
beijinhos do tamanho do Mundo
Bom dia, Linda!
A foto combina lindamente com o poema.
Bom fim-de-semana!
Um abraço sincero, como é o sorriso de uma criança.
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